Um filho sem mãe será sempre um emigrante em busca das suas origens, numa perpétua incapacidade de erguer à sua volta paredes e telhado? Foi com esta pergunta na cabeça que terminei as últimas páginas de “Filho da Mãe” (Companhia das Letras, 2019), do escritor Hugo Gonçalves.
O autor oferece-nos um retábulo comovente e despretensioso da sua autobiografia: ele é o narrador-protagonista sem abrigo que perde a mãe na infância e, chegado à viragem dos quarenta, olha o retrovisor para poder continuar a avançar.
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12/08/2019 às 11:08