Estávamos em 1815 quando José Ferreira Pinto Basto comprou a Quinta da Ermida, perto de Ílhavo. Influenciado pelo sucesso da fábrica de vidro da Marinha Grande, o português queria criar uma produção de porcelanas naquele lugar perto da ria de Aveiro. Afinal, a zona parecia-lhe perfeita: abundava o barro, vidro e areias brancas e finas, tudo materiais fundamentais para os objetivos que idealizada.

Em 1824, após adquirir também os terrenos vizinhos, fundou aquela que se tornaria uma das marcas portuguesas mais conceituadas de cristais, porcelanas e vidro: a Vista Alegre. Já lá vão quase 200 anos de história, de peças vendidas para todos os lugares do mundo, de inaugurações de lojas por todo o País — e até mesmo de hotéis que funcionam como um museu da insígnia.

O primeiro de todos, o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, abriu na cidade onde tudo começou, em 2015. Agora, o grupo Visabeira, que adquiriu parte da empresa em 2009, decidiu trazer o conceito para a capital. “É o nosso primeiro passo nas grandes cidades. É um projeto mais pequeno, com 58 quartos, mas com uma localização incrível”, confessa à NiT António Machado Matos, diretor do hotel.