Dai Moraes sonhou, fotografou e a obra nasceu — não só uma, mas várias, pois cada fotografia é uma obra de arte por si só. Imagens que mostram mulheres despidas de vergonhas e preconceitos, a revelar ao mundo as marcas que fazem delas quem são, únicas nas diferenças que representam a sua individualidade, tão bem captadas pela lente da fotógrafa brasileira.
Ao chegar à Fábrica da Pólvora, em Barcarena, com a sua inconfundível fachada amarela, somos desde logo apresentados a esta verdadeira galeria a céu aberto. Numa fila de expositores, cada um a representar uma das dez mulheres que aceitaram o desafio de contar as suas histórias de vida, ficamos a conhecer as marcas, as cicatrizes, as doenças e as condicionantes que as acompanham, mas que nem por isso diminuem a sua força.
Para muitas, as partidas da vida mudaram a forma como olhavam para o seu corpo e como se viam ao espelho. A fotógrafa brasileira Dai Moraes quis devolver-lhes a confiança e a autoestima, através de sessões fotográficas feitas com uma enorme sensibilidade e talento, de forma a enaltecer a sua beleza “e mostrar o melhor de cada uma, mesmo que elas não vejam isso ainda”, conta a própria. Uma verdadeira libertação captada pela lente da criadora do projeto, que não escondeu a felicidade naquele fim de tarde onde se reuniram amigos, familiares, convidados e curiosos, para conhecer a exposição +Mulher.
Leia o artigo completo.
13/10/2022 às 09:00