Vítor Sobral: “É preciso criar confiança para que o consumir ajude a economia a circular”
Vítor Sobral: “É preciso criar confiança para que o consumir ajude a economia a circular”

Não é numa esquina, nem fica em Campo de Ourique. Só por aqui diríamos que o novo Dom Roger não era um restaurante de Vítor Sobral. A verdade é que o chef se aventurou noutra zona de Lisboa, a Avenida da República, com um conceito bem português onde não falta o bacalhau, os bifes, mas também os petiscos mais tradicionais e que estão algo esquecidos, como as moelas, a língua de vaca ou os fígados.

“A ideia foi pegar em produtos difíceis de encontrar, porque eram produtos usados nos restaurantes mais tradicionais e mais antigos”, explica à NiT Vítor Sobral. Foi a própria sociedade que se foi esquecendo deste tipo de ingredientes, mas o chef quis recuperá-los. “Não quero ofender ninguém, mas nós, no geral, tornámos-nos muito burgueses, esquecemos-nos que um animal bovino não tem só dois lombos e duas vazias, tudo o resto tem de se comer.”

É esta sustentabilidade que se pratica na cozinha do Dom Roger. “Temos de tentar aproveitar no que à exploração diz respeito, no que fazemos do nosso planeta.” Com tanto nacionalismo inerente, o conceito só podia ter escolhido um dia para ser inaugurado: o 10 de junho.

Leia o artigo completo.

16/09/2020 às 14:13

Imagem

Jorge Lopes

Editor

Jorge Lopes

Jornalista

Adriano Guerreiro