“Já fui uma pessoa que não respeitava os outros. Era mau”, recorda dos tempos em que comandava com punho de ferro a cozinha da Casa da Calçada, em Amarante, onde manteve a estrela Michelin. Hoje, olha para trás e percebe qual era o problema. “Achava-me superior.”
Foi quando deixou o espaço que percebeu que tinha errado e quis fazer uma mudança na forma como encarava a profissão e a vida. A maturidade, o respeito e a mudança trouxeram-lhe coisas positivas. Atualmente, gere várias equipas com quase duas centenas de pessoas — e é o chef nacional com mais estrelas Michelin. Sente que, por estes dias, quem trabalha consigo olha para si com outros olhos. “Hoje sou uma pessoa melhor, mais delicada.”
Em 2024, continuou a colher os frutos dessa mudança. Abriu dois restaurantes, perdeu-se no deserto, viajou e, pelo meio, ainda recebeu umas quantas distinções. Se há alguém que teve um ano em cheio, foi sem dúvida Vítor Matos. O chef de 48 anos tornou-se numa máquina de sucessos e acabou por ser o grande eleito pela NiT para o prémio de Personalidade do Ano — precisamente uma das únicas distinções que resulta de uma escolha da revista e não de uma votação aberta ao público.
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07/04/2025 às 09:03