Vítor Matos: “Era mau. Achava-me superior e não respeitava os outros”
O chef é a Personalidade do Ano para a NiT. Em entrevista, recorda como teve que mudar a forma de ser e de trabalhar, para se tornar no cozinheiro nacional com mais estrelas Michelin.

“Já fui uma pessoa que não respeitava os outros. Era mau”, recorda dos tempos em que comandava com punho de ferro a cozinha da Casa da Calçada, em Amarante, onde manteve a estrela Michelin. Hoje, olha para trás e percebe qual era o problema. “Achava-me superior.”

Foi quando deixou o espaço que percebeu que tinha errado e quis fazer uma mudança na forma como encarava a profissão e a vida. A maturidade, o respeito e a mudança trouxeram-lhe coisas positivas. Atualmente, gere várias equipas com quase duas centenas de pessoas — e é o chef nacional com mais estrelas Michelin. Sente que, por estes dias, quem trabalha consigo olha para si com outros olhos. “Hoje sou uma pessoa melhor, mais delicada.”

Em 2024, continuou a colher os frutos dessa mudança. Abriu dois restaurantes, perdeu-se no deserto, viajou e, pelo meio, ainda recebeu umas quantas distinções. Se há alguém que teve um ano em cheio, foi sem dúvida Vítor Matos. O chef de 48 anos tornou-se numa máquina de sucessos e acabou por ser o grande eleito pela NiT para o prémio de Personalidade do Ano — precisamente uma das únicas distinções que resulta de uma escolha da revista e não de uma votação aberta ao público.

Leia o artigo completo.

07/04/2025 às 09:03

Produtor

Bruno Ferreira

Multimédia

Tânia Teixeira

Jornalista

Daniel Vidal

Pós-produção vídeo

Joana Mouta